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São desvios das normais gerais de linguagem. Servem para dar maior brilho e ênfase à comunicação.
Metáfora
Todo emprego de palavra fora do seu sentido normal, por efeito da analogia, constitui uma metáfora. Ex. : Esse homem é uma fera! ; A vida é uma cartola de mágico ; Na sua mente povoa só maldade; No calor da discussão, trocaram ofensas; A vida é uma nuvem que voa.
Metonímia
Toda substituição de um nome por outro, em virtude de haver entre eles algum relacionamento, constitui uma metonímia. Tal substituição se realiza principalmente destes modos:
Catacrese
Todo emprego impróprio de uma palavra ou expressão, por esquecimento ou ignorância do seu étimo ou da sua origem, constitui uma catacrese. Ex. :embarcar num avião (embarcar = tomar barca) ; marmelada de chuchu (marmelada = doce de marmelo) ; ferradura de prata (ferradura = peça de ferro); ganhar mesada semanal (mesada = pagamento por mês).
Antonomásia
Toda substituição de um nome por outro, ou por uma expressão que facilmente o identifique, constitui uma antonomásia. Ex. : o Mestre(Jesus Cristo), o rei das selvas (leão).
Elipse
Toda omissão de uma palavra ou de uma expressão facilmente subentendida constitui uma elipse. A principal elipse é a da conjunção. Ex. :Espero você me entenda = Espero que você me entenda ; Não fosse você, eu estaria perdido = Se não fosse você, eu estaria perdido.
Pleonasmo
Todo emprego de termos desnecessários, com o objetivo de enfatizar a comunicação, configura um pleonasmo. Pode ser, semântico (vi com meus próprios olhos) ou sintático (a mim ninguém me engana). O pleonasmo só é figura de linguagem, ou seja, só possui valor literário, quando a repetição tem finalidade expressiva, quando traz objetivo estilístico; do contrário constitui redundância. Ex.: A mim me parece que isto está errado ; A nós nos disseram outra coisa.
Anacoluto
Toda falta de nexo sintático entre o princípio da frase e o seu fim provoca um anacoluto. Ocorre geralmente quando o sujeito fica sem predicado e quando se usa um verbo no infinitivo, com sua repetição no meio da frase. Ex. : Eu parece que estou ficando zonzo; Morrer, todo o mundo vai morrer.
Silepse
Toda concordância com a idéia latente, e não com a palavra escrita, constitui uma silepse. Existem três tipos:
Hipérbato
Toda alteração da ordem direta dos termos na oração, ou das orações no período, constitui um hipérbato. Também conhecida por inversão. Ex. Morreu o presidente. (por: O presidente morreu.); Papagaio em casa, eu não quero mais. (por: Eu não quero mais papagaio em casa.); Por que fiz isso, nem eu sei. (por: Nem eu sei por que fiz isso. )
Obs.: O hipérbato compreende a
anástrofe: é a anteposição, em expressões nominais, do termo regido de preposição ao termo regente. Ex. Da morte o manto lutuoso vos cobre a todos. (por: O manto lutuoso da morte vos cobre a todos.) ; Ela, triste mulher, ela tão bela dos seus anos na flor. (por: Ela, triste mulher, ela tão bela na flor dos seus anos.) É própria do verso, da poética.
Aliteração
Toda repetição de consoantes ou de sílabas forma uma aliteração. Ex. : O rato roeu a roupa da rainha rapidamente, Roque?
Polissíndeto
Todo uso repetido da conjunção e constitui um polissíndeto. Ex. : E o menino resmunga, e chora, e esperneia, e grita, e maltrata, e abusa de toda a paciência nossa deste mundo!
Assíndeto
Toda omissão da conjunção e constitui um assíndeto. Ex. : Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios.
Hipérbole
Todo exagero constitui uma hipérbole. Ex.: Já lhe falei um milhão de vezes! ; Quase morri de estudar.
Eufemismo
Todo emprego de palavras ou expressões desagradáveis, em substituição às que têm sentido grosseiro ou desagradável, constitui um eufemismo. Ex. : toalete (por mictório), tumor maligno (por câncer), criança excepcional (por criança retardada).
Ironia
Toda sugestão, pela entoação e contexto, do contrário do que as palavras ou as frases exprimem, por intenção sarcástica, constitui uma ironia. Ex. : Que menina linda! (Quando a menina é, na verdade, um monstrinho!) ; O ministro foi sutil como uma jamanta e fino como um hipopótamo... ; Ribeirão Preto é uma cidade cultíssima!...
As reticências são a pontuação que mais evidenciam um pensamento irônico ou sarcástico.
Prosopopéia
Toda atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados constitui uma prosopopéia, também conhecida por personificação. Ex. :As árvores são imbecis: se despem justamente quando começa o inverno; A raposa disse algo que convenceu o corvo.
Antítese
Todo emprego de palavras ou expressões contrastantes, geralmente na mesma frase, forma uma antítese ou contraste. Ex. : Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.
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